As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam e, quando não as encontram, as criam. (Bernard Shaw)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Visão estratégica de negócio

Mude o foco. Privilegie a demanda. Olhe para o mercado.

Qual é o seu negócio? Muitos empreendedores têm grandes dificuldades para responder a essa questão. O que a primeira vista é uma pergunta simples, se mostra complexa diante da falta de entendimento da questão.

O que se percebe em uma análise empírica é que de modo geral os empresários definem como o seu "core business" as atividades evidentes que exercem. De modo bem simples, o comerciante de produtos tecnológicos autodenomina-se varejista de computadores e peças para PCs (Hardware e Software), ou seja, o foco é a oferta de produtos e serviços. Falta a visão estratégica de negócio.

O que é um erro grave e pode gerar grandes perdas financeiras e de oportunidades de crescimento e expansão empresarial. Pois essa visão limitada do próprio negócio não valoriza a demanda (os clientes) e, sim, os métodos, os processos e as políticas internas da empresa.

Quais são as consequências desse erro e como consertá-lo é o que veremos adiante.

São inúmeras as consequências da falta de visão estratégica para um negócio, a mais comum é a falência, mas para fins de estudo veremos duas que influenciam toda dinâmica de atuação de uma empresa.

Uma é a visão de mercado que não privilegia o cliente, suas necessidades e desejos. A outra é o posicionamento estratégico inadequado.

Pode-se dizer que os dois erros são consequência da falta de estudo e analise do mercado consumidor. Desse modo faremos as analises em conjunto.

A empresa que privilegia sua oferta em detrimento dos clientes o faz por falta de conhecimento de seu mercado consumidor. Essa falta de conhecimento gera um posicionamento errado diante desse mesmo mercado. Em casos mais graves as empresas só percebem essa ação na prática quando as contas não fecham. Os resultados são negativos a cada balanço mensal.

Todo esforço de marketing e posicionamento desenvolvido pela empresa é prejudicado pela falta de foco na aplicação do Mix de Marketing e pela falta de conhecimento do nicho de mercado correto para tal. Como se pode imaginar as perdas proporcionadas pela aplicação ineficaz das ferramentas de marketing são muito grandes.

As dicas para solução desta situação problemática são simples, mas requerem disciplina e dedicação muito grandes.

Mude o foco. Privilegie a demanda. Olhe para o mercado. A resposta para entender o seu negócio está em seus clientes e na utilização que os mesmos fazem dos seus produtos e serviços. Posicione-se estrategicamente diante do mercador consumidor.

Para isso, é preciso investir em pesquisa de mercado, em analises de perfil dos clientes, conhecer e mapear o nicho de mercado de atuação de sua empresa.

Uma dica é converse com seus clientes, estabeleça uma política de relacionamento. Entenda a utilização dada por cada cliente a seus produtos/serviços. Tais informações agregam valor na negociação do produto e no posicionamento diante do mercado consumidor.

Com o conhecimento de seus produtos, da perspectiva dos clientes em relação a eles, de seu mercado consumidor. Toda estratégia de marketing de sua empresa irá se diferenciar da concorrência e será vista de modo adequado pelo seu cliente.

A visão estratégica de negócio é o entendimento da empresa sobre os benefícios que os seus produtos/serviços proporcionam à sociedade. A utilização correta desses benefícios quando conhecidos pelas organizações se transformam em valores, que se tornam vantagens competitivas do empresário melhor preparado para lidar com o mercado consumidor.

A partir desse momento então, o lojista de produtos de informática, lá do início do texto, deixa de ser um mero comerciante, para se tornar um parceiro na busca de soluções tecnológicas acessíveis a seus clientes. Transformando-se em centro de excelência e de assistência tecnológica.

Descobrir qual é o seu negócio, então, é uma questão de conhecimento do seu mercado consumidor, nicho de mercado (clientes/concorrentes/fornecedores) e dos benefícios que a sua empresa proporciona à sociedade.

As dicas são simples, porém muito efetivas. Pratique-as e verá que as Pequenas Ações geram Grandes Resultados.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/visao-estrategica-de-negocio-2/55280/

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Tendências de marketing para as PMEs em 2011

Uma pesquisa feita pela Câmara Americana de Comércio de São Paulo (Amcham) apontou que 99% dos executivos entrevistados esperam aumentar ou manter seus investimentos este ano. Mas onde investir?

De acordo com o artigo do Portal Exame, pela especialista Daniela Khauaja, as tendências para este ano são:

- As empresas darão mais destaque à inteligência da informação, o fortalecimento da gestão de marcas e a identificação de novas estratégias para gestão de relacionamento com clientes e demais públicos de interesse

- Com relação a pessoas, fica clara também a preocupação com a qualificação dos profissionais, por isso, as empresas apontam que uma das tendências é o investimento em formação e retenção de colaboradores das áreas comercial e de marketing

- Velocidade crescente da inovação: nosso país registra ainda poucas patentes em comparação com outros países emergentes, especialmente China e Índia. O investimento em um produto ou um modelo de negócios inovador em uma economia com previsão de forte crescimento é uma grande oportunidade para empreendedores

- Investir em projetos e práticas sustentáveis torna-se quase uma obrigação

- Os profissionais de marketing preveem a intensificação da atuação em redes sociais. Segundo eles, termina a fase de aprendizado com atuação passiva e chega o momento de tirar maior proveito dessa importante ferramenta

Fonte: Portal Exame

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O que é uma startup?

Num mundo onde os investidores procuram cada vez mais empresas inovadoras, que apresentem altas taxas de crescimento e de lucratividade nas quais eles possam investir seus recursos, saber o que é uma empresa startup e como enquadrar sua empresa nesse conceito pode ser uma forma eficaz de atrair esses investimentos para seus negócios.

Mas o que é uma empresa startup?

Existem diversas conceituações para o que seja uma empresa startup. Neste artigo, consideramos startup as empresas de pequeno porte, recém-criadas ou ainda em fase de constituição, com atividades ligadas à pesquisa e desenvolvimento de idéias inovadoras, cujos custos de manutenção sejam baixos e ofereçam a possibilidade de rápida e consistente geração de lucros.

Além disso, o negócio desenvolvido pela startup deve ser viável, ou seja, que ele será não só sustentável, mas que apresente também potencial de sucesso.

Mas como saber e demonstrar que uma empresa será sustentável e lucrativa?

Plano de negócios:

A forma mais eficaz de se demonstrar que um negócio é viável, sustentável e que possuir condições de sucesso ainda é através do um plano de negócios.

O plano de negócio consiste na elaboração do projeto para exploração de uma atividade onde serão analisados aspectos mercadológicos, operacionais, jurídicos e financeiros desse empreendimento. Tal analise é realizada de uma forma sistêmica, ou seja, de uma forma lógica, estruturada e profissional.

O plano de negócios analisará os riscos e oportunidades existentes no mercado onde o empreendedor irá atuar; o plano de vendas; a localização; equipamentos; o investimento realizado e o seu retorno; o fluxo de caixa; a formação dos custos e do preço de venda dos produtos e serviços relacionados ao empreendimento entre outros.

O objetivo maior do plano de negócios é garantir e demonstrar a viabilidade do empreendimento, alcançando a maior lucratividade possível.

E qual o ganho do empreendedor com tudo isso?

O fato de uma empresa ser uma startup traz pelo menos duas vantagens imediatas para seus empreendedores:

1ª) – como destacamos no inicio desse artigo, é mais fácil para uma startup encontrar investidores;

2ª) – a empresa que segue a receita aqui apresentada possuiu maiores chances de sucesso, exatamente por ela ter não só um plano, mas também um modelo de negócios previamente elaborado.

Finalizando, vale a pena não só verificar se sua empresa tem condições de se tornar uma startup, mas também pesquisar os investidores interessados nesse segmento.

Boris Hermanson - Consultor – Sebrae/SP

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Não Seja Apenas mais um...


QUALIDADE, QUANTIDADE e ATITUDE são três palavras que estão constantemente presentes na mente e ações das pessoas de sucesso, as quais sempre dão mais de si mesmas. Diferenciam-se das pessoas comuns porque vão sempre além em tudo que fazem. São conscientes de que toda caminhada só terá êxito com o primeiro passo e que os demais, apesar de aparentemente lentos, devem ser firmes, mas com rumo certo.

Passadas largas e muitas vezes através de atalhos, não levam ninguém a lugar algum, embora seja o caminho preferido pela maioria das pessoas. Em alguns casos podem até levar, mas não ao lugar certo. Quem não conhece casos e mais casos de promoções rápidas, mas de curta duração? São aquelas construídas com rapidez, porém sobre bases frágeis, desmoronando-se facilmente quando a realidade aparece. E pessoas que almejam o sucesso sem querer fazer nenhum sacrifício?

O que fazer então para se beneficiar do tripé QUALIDADE, QUANTIDADE e ATITUDE em que se apóiam as pessoas de sucesso?

QUALIDADE: Uma boa regra é não se satisfazer apenas em fazer o bom, mas se esforçar para ser o melhor no que faz. Quem dá o máximo de si para realizar um trabalho de excelente qualidade será sempre lembrado e indispensável na função ou cargo que ocupa. Com certeza, haverá reconhecimento por todos que rodeiam o executante, quer sejam superiores, clientes, concorrentes etc. Então, a ordem é fazer tão bem-feito como se fosse a última tarefa a ser executada na vida.

QUANTIDADE: As pessoas que fazem apenas o necessário, dificilmente alcançarão grandes progressos na vida. Serão apenas mais um na multidão. Agora, fazer sempre mais que a obrigação, e voluntariamente, é onde está o grande diferencial. Mas como muitas não querem fazer, usam como justificativa que não compensa, o reconhecimento é mínimo e ainda tentam desestimular as que estão sempre excedendo nas suas ações.

Além do mais, as que fazem menos despendem grande quantidade de energia reclamando do emprego, dos patrões, colegas, clientes, colocando-se frequentemente na condição de vítimas pela sua estagnação. Mas uma coisa é certa: toda vez que uma pessoa dá o máximo de si em benefício de outrem, tanto na vida profissional como pessoal, ficará com créditos com este, porque isso faz parte da lei natural da vida.

ATITUDE: Será que todas as pessoas encaram a vida diária sempre com ações positivas? Motivadas, entusiasmadas, otimistas, alegres, determinadas, auto-gerenciadas, cultivando e fortalecendo bons relacionamentos? Ou será que muita gente age mais de acordo com a oportunidade percebida? Eis a questão.

As pessoas de sucesso e as que querem progredir, além de fazerem mais e melhor, adotam sempre atitudes positivas e suas ações são notadas naturalmente, tornando-se desnecessário alardearem sobre o que fazem. Enquanto isso, as que fazem somente a obrigação, além de viverem reclamando, ainda querem ter mais direitos do que deveres. Por isso, consideram-se sempre injustiçadas.

Durante a nossa vida temos à nossa disposição duas alternativas que nos farão crescer ou regredir. Diariamente temos de escolher uma delas e a opção fica a critério de cada pessoa, que tem toda a liberdade de decidir sobre essa escolha. São as atitudes vencedoras e as atitudes perdedoras.

Pessoas de atitudes vencedoras têm sucesso duradouro porque estão sempre cercadas de semelhantes, já que os iguais se atraem. São conscientes de que chegaram ao topo através do esforço cooperativo e por isso continuam primando pela relação de interdependência. Sabem que o sucesso só perdura quando se vive e trabalha em harmonia com os outros. Não mudam de comportamento depois que atingem o seu objetivo, atitude comum das pessoas que caem ao subirem rápido demais, sobretudo através de escadas humanas, destruindo todos os degraus que as ajudaram subir.

Portanto, para se diferenciar e progredir na vida deve-se impregnar a mente com as palavras QUALIDADE, QUANTIDADE e ATITUDE. E o melhor exercício é escrevê-las em locais visíveis, a fim de lê-las diariamente. Mas, para desfrutar dos benefícios proporcionados por elas o segredo é colocá-las em prática.

Por: Antônio P.B. Braga é palestrante e instrutor de Vendas e Qualidade no Atendimento da Sagra Consultoria em Vendas

Não Seja Apenas mais um...

GEM 2010: maior número de empreendedores por oportunidade


O Brasil é o país que possui a maior taxa de empreendedores em estágio inicial entre os 17 países que participaram da pesquisa 2010

Desde 2003 os empreendedores por oportunidade são maioria no Brasil, sendo que a relação oportunidade X necessidade tem sido superior a 1,4 desde 2007. No entanto, apesar das condições macroeconômicas estarem favorecendo o empreendedorismo no Brasil, ainda é preciso evoluir significativamente nas condições ligadas às políticas de apoio ao empreendedor.

Entre os 17 países membros do G20 que participaram da pesquisa em 2010, o Brasil é o que possui a maior Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA), 17,5%, seguido pela China, com 14,4% e a Argentina com 14,2%.

Essa é a maior TEA desde que a pesquisa GEM é realizada no país, demonstrando a tendência de crescimento da atividade empreendedora.

Nos países do BRIC, o Brasil tem a população mais empreendedora, com 17,5% de empreendedores em estágio inicial, a China teve 14,4%, a Rússia 3,9%, enquanto a Índia não participou da pesquisa nos últimos 2 (dois) anos.

Sendo que, em 2008, a TEA da Índia foi de 11,5%. O que se observa no Brasil em 2010 é que o crescimento da TEA é resultado do maior número de empreendedores de negócios novos. Os empreendedores nascentes no Brasil mantiveram-se na mesma proporção que em 2009, permanecendo acima da média do período em que a pesquisa foi realizada.

Oportunidade e necessidade
No Brasil, desde 2003 os empreendedores por oportunidade são maioria, sendo que a relação oportunidade X necessidade tem sido superior a 1,4 desde o ano de 2007.

Em 2010 o Brasil novamente supera a razão de dois empreendedores por oportunidade para cada empreendedor por necessidade, o que já havia ocorrido em 2008.

Em 2010, para cada empreendedor por necessidade havia outros 2,1 que empreenderam por oportunidade. Este valor é semelhante à média dos países que participaram do estudo este ano, que foi de 2,2 empreendedores por oportunidade para cada um por necessidade.

Gênero
A mulher brasileira é historicamente uma das que mais empreende no mundo. Apenas em Gana as mulheres atingiram TEAs mais altas que os homens, entre todos os 59 (cinquenta e nove) países participantes da pesquisa em 2010.

Em 2010, entre os empreendedores iniciais, 50,7% são homens e 49,3% mulheres, mantendo o equilíbrio entre gêneros no empreendedorismo nacional. Entre os 21,1 milhões de empreendedores brasileiros, 10,7 milhões pertencem ao sexo masculino e 10,4 milhões ao feminino.

Faixa etária
Em 2010, no Brasil todas as faixas etárias tiveram aumentos nas taxas de empreendedorismo. Verificou-se que a faixa etária que obteve a mais alta taxa é aquela que vai dos 25 aos 34 anos com 22,2%.

Isto quer dizer que entre os brasileiros com idades entre 25 e 34 anos, 22,2% estavam envolvidos em algum empreendimento em 2010. Neste ponto o Brasil segue a mesma tendência dos grupos de demais países analisados, nos quais esta é a faixa etária que prevalece.

Conclusões
Apesar das condições macroeconômicas estarem favorecendo o empreendedorismo no Brasil (notadamente ambiente mais estável, com inflação controlada e crescimento econômico), ainda precisa evoluir significativamente nas condições mais ligadas às políticas de apoio ao em- preendedor.

O Brasil não apenas apresenta condições desfavoráveis sobre vários aspectos, mas notadamente no que tange a serviços governamentais e institucionais, como também está em desvantagem quando comparado com as condições oferecidas pelos demais países.

Reforçando assim, a necessidade de se pensar em ações que de fato permitam que o potencial empreendedor dado pela conjuntura favorável do país seja plenamente aproveitado.

Essas foram algumas das conclusões da Pesquisa Gem 2010. Quer saber mais? Leia:

-
Resumo Executivo

- Pesquisa completa

Fonte: SEBRAE

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Administrar o tempo é planejar a vida

Geralmente quem escreve sobre administração do tempo não o faz porque seja especialista na questão, mas, sim, porque quer aprender mais sobre o assunto. Pelo menos foi esse o meu caso. Vou relatar aqui algumas de minhas descobertas, como roteiro para a leitura do quarto texto.

1) Administrar o tempo não é uma questão de ficar contando os minutos dedicados a cada atividade: é uma questão de saber definir prioridades. Provavelmente (numa sociedade complexa como a nossa), NUNCA vamos ter tempo para fazer tudo o que precisamos e desejamos fazer. Saber administrar o tempo é ter clareza cristalina sobre o que, para nós, é mais prioritário, dentre as várias coisas que precisamos e desejamos fazer - e tomar providências para que essas coisas mais prioritárias sejam feitas, sabendo que as outras provavelmente nunca vão ser feitas (mas tudo bem: elas não são prioritárias).

2) Dentre as coisas que vamos listar como prioritárias, algumas estarão ali porque nos são importantes, outras porque são urgentes. Imagino que algo que não é NEM importante NEM urgente não estará na lista de ninguém. E também sei que na lista de todo mundo haverá coisas que são IMPORTANTES E URGENTES. Não resta a menor dúvida de que estas coisas devem ser feitas imediatamente, ou, pelo menos, na primeira oportunidade. Poucas pessoas questionarão isso. O problema surge com coisas que consideramos importantes, mas não urgentes, e com coisas que são urgentes, mas às quais não damos muita importância.

3) Digamos que você considere importante ficar mais tempo com sua família. Por outro lado, você tem que trabalhar x horas por dia. Se o seu trabalho é mais importante do que ficar com a sua família, o problema está resolvido: você trabalha, mesmo que isso prejudique a convivência familiar. Mas e se o trabalho não é mais importante para você do que a convivência familiar? Neste caso, provavelmente o trabalho é urgente, no sentido de que tem que ser feito, pois doutra forma você vai ser despedido (ou perder clientes, se for autônomo ou empresário) e vai ter dificuldades para manter sua família (embora, sem trabalho, provavelmente vai poder passar mais tempo com ela…). Aqui o conflito é entre o importante e o urgente - e é aí que a maior parte de nós se perde, e por uma razão muito simples: algumas das tarefas que temos que realizar não são selecionadas por nós, mas nos são impostas. Isto é: não somos donos de todo o nosso tempo. Não temos, em relação ao nosso tempo, toda a autonomia que gostaríamos de ter. Quando aceitamos um emprego, estamos, na realidade, nos comprometendo a ceder a outrem o nosso tempo (e, também, o nosso esforço, a nossa capacidade, o nosso conhecimento, etc.). Este é um problema real e de solução difícil: não somos donos de boa parte de nosso tempo.

4) Acontece, porém, que geralmente usamos mal o tempo que dedicamos ao trabalho (e, por isso, temos que fazer hora extra ou trazemos trabalho para casa), ou mesmo o tempo que passamos em casa. Usar mal QUER DIZER que muitas vezes usamos o nosso tempo para fazer o que não é nem importante nem urgente, mas apenas algo que sempre fizemos, pela força do hábito. Alguém me disse, quando eu era criança, que a gente nunca deveria abandonar a leitura de um livro, por pior que ele fosse. Que bobagem! Mas quanto tempo desperdicei terminando de ler coisa que de nada me serviu por causa desse conselho! Uma vez me peguei dizendo à minha família que não poderia fazer algo (não me lembro o quê) domingo de manhã porque precisava ler os jornais. Eu lia, religiosamente, a Folha e o Estado aos domingos de manhã (sinto muito, folks: há tempo que não freqüento escola dominical). Lia por hábito. Achava que um professor tem que se manter informado. Mas quando disse que "precisava" ler os jornais me dei conta de que realmente não precisava lê-los. O que é de pior que poderia me acontecer se eu não lesse os jornais, me perguntei. NADA, foi a resposta que tive honestamente que dar. Se houver algo importante nos jornais provavelmente fico sabendo no noticiário da TV, ou na VEJA. Mas daí me perguntei: e preciso ler a VEJA todas as semanas? Resposta: não. Existe algo que eu prefiro ler/fazer naquelas manhãs de domingo que ganhei? Claro, muitas coisas - PARA AS QUAIS EU ANTES NÃO TINHA TEMPO. Ganhei as horas dos jornais, ganhei as horas da VEJA, fui ganhando uma horinha aqui outra ali, para as coisas que eu realmente queria fazer há muito tempo e não achava tempo…

5) Administrar o tempo é ganhar autonomia sobre a sua vida, não é ficar escravo do relógio. É uma batalha constante, que tem que ser ganha todo dia. Se você quer ter a autonomia de decidir passar mais tempo com a família, ou sem fazer nada, você tem que ganhar esse tempo deixando de fazer outras coisas que são menos importantes para você. Em última instância pode ser que você até tenha que, eventualmente, arrumar um outro emprego ou uma outra ocupação.

6) O tempo é distribuído entre as pessoas de forma bem mais democrática que muitos dos outros recursos de que nós dependemos (como, por exemplo, a inteligência). Todos os dias cada um de nós recebe exatamente 24 horas (a menos que seja o último dia de nossas vidas): nem mais, nem menos. Rico não recebe mais do que pobre, professor universitário não recebe mais do que analfabeto, executivo não recebe mais do que operário. Entretanto, apesar desse igualitarismo, uns conseguem realizar uma grande quantidade de coisas num dia - outros, ao final do dia, têm o sentimento de que o dia acabou e não fizeram nada. A diferença é que os primeiros percebem que o tempo, apesar de democraticamente distribuído, é um recurso altamente perecível. Um dia perdido hoje (perdido no sentido de que não realizei nele o que precisaria ou desejaria realizar) não é recuperado depois: é perdido para sempre.

7) Há os que afirmam, hoje, que o recurso mais escasso na nossa sociedade não é dinheiro, não são matérias primas, não é energia, não é nem mesmo inteligência: é tempo. Mas tempo se ganha, ou se faz, deixando de fazer coisas que não são nem importantes nem urgentes e sabendo priorizar aquelas que são importantes e/ou urgentes.

8) Quem tem tempo não é quem não faz nada: é quem consegue administrar o tempo que tem de modo a poder fazer aquilo que quer.

9) Por outro lado, ser produtivo não é equivalente a estar ocupado. Há muitas pessoas que estão o tempo todo ocupadas exatamente porque são improdutivas - não sabem onde concentrar seus esforços e, por isso, ciscam aqui, ciscam ali, mas nunca produzem nada. Ser produtivo é, em primeiro lugar, saber administrar o tempo, ter sentido de direção, saber aonde se vai.

10) Administrar o tempo, em última instância, é planejar estrategicamente a nossa vida. Para isso, precisamos, em primeiro lugar, saber aonde queremos chegar (definição de objetivos). Onde quero estar, o que quero ser, daqui a 5, 10, 25, 50 anos? O segundo passo é começar a estrategiar: transformar objetivos em metas (com prazos e quantificações) e decidir, em linhas gerais, como as metas serão alcançadas. O terceiro passo é criar planos táticos: explorar as alternativas específicas disponíveis para se chegar aonde queremos chegar, escolher fontes de financiamento (emprego, em geral, é fonte de financiamento), etc. Em quarto lugar, fazer o que tem que ser feito. Durante todo o processo, precisamos estar constantemente avaliando os meios que estamos usando, para verificar se estão nos levando mais perto de onde queremos vamos querer estar ao final do processo. Se não, troquemos de meios (procuremos outro emprego, por exemplo).

11) Mas tudo começa com uma verdade tão simples que parece uma platitude: se você não sabe aonde quer chegar, provavelmente nunca vai chegar lá - por mais tempo que tenha.

12) Quando o nosso tempo termina, acaba a nossa vida. Não há maneira de obter mais. Por isso, tempo é vida. Quem administra o tempo ganha vida, mesmo vivendo o mesmo tempo. Prolongar a duração de nossa vida não é algo sobre o qual tenhamos muito controle. Aumentar a nossa vida ganhando tempo dentro da duração que ela tem é algo, porém, que está ao alcance de todos. Basta um pouco de esforço e determinação.

(*) Este artigo é resumo, feito em 1998, de um livreto, Administração do Tempo, que escrevi em 1992.

© Copyright by Eduardo Chaves

segunda-feira, 4 de abril de 2011

As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam e, quando não as encontram, as criam. (Bernard Shaw)

segunda-feira, 14 de março de 2011

TESTE: Você é um lider?

Na medida em que você busca uma posição de liderança precisará trabalhar aspectos comportamentais em si próprio. O entendimento de como você é visto nos grupos sociais, familiares e, principalmente, profissionais pode ser de grande ajuda nessa caminhada.

Há pessoas que exercem uma liderança natural, outras que precisam aprender a fazer isso. Em grupos de líderes, inclusive. Há sempre aquele que se destaca dos outros, é sempre assim.

Para que você possa avaliar se já exerce essa aptidão de modo natural e talvez mesmo inconsciente, preparamos um exercício que irá ajudá-lo a verificar o quanto os grupos que você freqüenta o percebem exercendo uma liderança.

É preciso bastante cuidado com a forma como você vai responder e ponderar sobre cada ponto neste exercício. Lembre-se que, se você já exerce alguma função gerencial, seus subordinados poderão muito bem aparentar alguns comportamentos na linha proposta pelo exercício, mas podem ser apenas exteriorizações de respeito à função que você já exerce, ou mesmo subserviência. O ideal será você avaliar sempre o comportamento de pessoas usando um grupo referência que esteja no mesmo nível hierárquico e/ou social que você.

Seja muito crítico e honesto nas respostas, não se subestime mas também não se superestime. Em todos os grupos existem lideranças naturais e o objetivo aqui é determinar o quanto isso ocorre com você, mas lembre-se que há sempre muito mais liderados do que líderes.

Assim, as chances reais de exercer liderança são de 1 para o nº de pessoas do grupo referência. Se o grupo tiver 10 pessoas, então é uma chance em 10. Vamos lá? Marque as opções que mais se aproximam de sua realidade, some os pontos e depois confira o escore. Esse exercício não o classifica como um líder realmente, mas lhe dá uma boa idéia de como você é percebido pelas pessoas quanto a emanação natural de alguns quesitos básicos de liderança.

O QUANTO VOCÊ É VISTO COMO LÍDER?


1) Quando você está andando com um grupo de 3 ou mais pessoas na rua, o quanto você fica no meio do grupo e dá o ritmo da caminhada?
A. Sempre ando ao centro e as pessoas normalmente caminham à minha volta, conversando. Usualmente eu dou a tônica do assunto e o pessoal me segue
B. Às vezes ando ao centro do grupo, outras vezes não. Não consigo qualificar melhor que isso
C. Não costumo ser o centro das atenções em situações como essa

2) Em um grupo de pessoas iguais a você (hierarquia ou grupo social), quando você fala, o quanto as pessoas param para ouvi-lo?
A. Sempre. Normalmente eu sou a referência do grupo em qualquer assunto
B. Tenho que pedir a palavra às vezes com alguma veemência, mas uma vez capturada a atenção, sou ouvido cuidadosamente
C. O grupo é disperso e difícil de manter a atenção focada em mim


3) Nesse mesmo grupo, quando você está falando, o quanto você é interrompido, em relação aos outros participantes?

A. Praticamente não sou interrompido. Sou o único do grupo nessa condição
B. Sou interrompido tanto quanto os outros, até onde posso perceber
C. É difícil falar para o grupo, sou um dos mais interrompidos

4) E em grupos de subalternos?

A. Praticamente não sou interrompido
B. Sou interrompido para discussões às vezes
C. É difícil falar para o grupo, sou interrompido a toda hora

5) Em grupos profissionais o quanto você é convidado para partilhar o horário de almoço com os colegas?
A. Freqüentemente, parecem procurar minha companhia
B. Mais ou menos. Partilhamos o horário quando nos encontramos, é meio ao acaso
C. Raramente me chamam

6) Com que freqüência você é consultado em assuntos profissionais em relação a outras pessoas do mesmo nível?

A. Freqüentemente e em várias esferas de assuntos. O pessoal parece confiar mais em mim do que no resto dos chefes para muitos assuntos
B. Regularmente, tanto quanto os outros chefes
C. Pouco. Alguns dos outros chefes são muito mais procurados do que eu

7) Em termos de gerencia ou chefia, como você acha que é visto?
A. Como um líder natural, forte, responsável e com autoridade
B. Como um gerente com autoridade delegada e com alguma liderança natural
C. Como um chefe. Eu mando, eles obedecem e é tudo

Resultado do teste:

Agora conte os pontos. 5 pontos para cada letra A, 3 pontos para cada letra B e 1 ponto para cada letra C. O máximo de pontos possíveis é de 35 pontos.

As graduações são:
Atingindo os 35 pontos: Todos os indicadores são de que você é visto como o líder do grupo que usou como referência.

Entre 33 e 30 pontos: Há sinais claros de que você já exerce alguma liderança natural sobre as pessoas do grupo que usou como referência, mesmo que você não se dê conta disso.

Entre 29 e 23 pontos: Na maioria dos momentos você é percebido como exercendo uma espécie de liderança freqüente, mas circunstancial.

Entre 22 e 17 pontos: A liderança circunstancial ocorre, mas em escala bem mais simples. Você não se destaca no grupo.

Entre 16 e 10 pontos: Raramente você faz sua voz ser ouvida no grupo. É algo a ser avaliado. Pergunte-se o quanto você gosta de pertencer a esse grupo e o quanto a situação lhe é confortável.

Menos que 10 pontos: As pessoas mal percebem que você faz parte do grupo. Você não participa, não expressa sua opinião e quando o faz, provavelmente ninguém presta muita atenção. Como no item anterior, pergunte-se o quanto essa rotina lhe é confortável ou não.

Você não se deve deixar abater se o escore obtido não o agradou. Considere isso um feedback precioso de você para você mesmo. Analise os resultados, pondere e inclua tudo isso em seu plano de desenvolvimento, lembrando sempre que agora você sabe mais sobre si próprio do que sabia antes.

por , vice-presidente da Thomas International.
Teste elaborado Edson RodriguezReinaldo Polito por , vice-presidente da Thomas International. http://vocesa.abril.com.br/testes/carreira/Voce-e-um-lider.shtml